As Linhas de Torres são consideradas pelos especialistas um dos mais eficientes sistemas de fortificação de campo da História.
Foram erguidas em absoluto segredo: nem o comando das tropas e nem os governos francês e inglês tinham conhecimento dos trabalhos. Apenas alguns oficiais do Estado-maior inglês e os envolvidos na direção dos trabalhos conheciam os planos.
Para a construção dessa extensão de obras, foi implantada uma verdadeira política de terra queimada: a população da região a Norte das linhas (cerca de 300 mil habitantes) foi deslocada para dentro do perímetro defensivo, colaborando nas obras e reforçando a defesa.
Os trabalhos foram dirigidos por 18 oficiais e 150 sargentos britânicos, a um custo total em torno de 100 mil libras esterlinas.
O rio Sizandro foi tornado praticamente intransponível, pois a agravar o seu curso já de si pantanoso, foram construídas comportas destinadas a reter as suas águas. Pode-se afirmar que as "Linhas de Torres" desempenharam papel fundamental na dissuasão da marcha das tropas de André Masséna. Apesar de ter se aproximado das Linhas, tendo-as observado pessoalmente e constatado a dificuldade de transpô-las, iniciou a retirada da península Ibérica, sempre acossado pelas forças luso-britânicas.
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